
E se a Mona Lisa fosse pintada por…
Este projeto teve como objetivo a (re)criação da Mona Lisa vista pelos olhos dos grandes mestres da pintura Universal e interpretada pelos alunos do 12ºano, na disciplina de Desenho A.
Se perguntássemos aos alunos qual é o seu pintor favorito, provavelmente teríamos uma variedade de respostas interessantes! Alguns poderiam escolher artistas clássicos como Leonardo da Vinci, Michelangelo ou Rembrandt, enquanto outros poderiam preferir artistas impressionistas como Monet, Renoir ou Degas, artistas modernos como Van Gogh, Picasso ou Matisse ou artistas contemporâneos como Banksy ou Yayoi Kusama.
A resposta dependeria dos interesses e preferências individuais de cada aluno. Seria uma oportunidade interessante para discutir e aprender sobre diferentes estilos e artistas.
Após a resposta a uma pergunta difícil: “Qual é o teu pintor favorito?”, os alunos foram convidados a recriar o quadro mais famoso de todos os tempos, a Mona Lisa de Leonardo da Vinci. A Mona Lisa é uma obra-prima que continua a inspirar artistas e admiradores em todo o mundo. Se ela fosse pintada por diferentes artistas, o resultado seria uma coleção fascinante de interpretações e estilos.
Surpreendidos e imbuídos do seu espírito de missão artística, os alunos encetaram o seu caminho de tradução plástica de um estilo/artista do qual se dizem admiradores.
Naturalmente, a esta tarefa, antecede uma sólida investigação sobre as características do pintor, das suas opções cromáticas, técnicas, formais/expressivas e simbólicas.
Curiosamente, surgiram os nomes de Van Gogh, Dali, Cézanne, Rubens (Peter Paul), Basquiat, Picasso e dois artistas nacionais, Kiki Lima e Levy.
Se Van Gogh pintasse a Mona Lisa, provavelmente teria um estilo mais expressionista, com pinceladas ousadas e cores vibrantes.
Picasso poderia ter criado uma versão cubista da Mona Lisa, com formas geométricas e múltiplos ângulos.
Dalí poderia ter criado uma versão surrealista da Mona Lisa, com elementos oníricos e simbólicos.
Michelangelo teria, provavelmente, dado grande atenção aos detalhes do corpo da Mona Lisa, maior sentido de volume e tridimensionalidade, com sombras e luzes que destacam as formas do corpo, em que a retratada evidenciaria expressão ainda mais intensa e complexa. O resultado seria uma obra-prima de grande beleza e habilidade técnica.
Se a Mona Lisa fosse pintada por Peter Paul Rubens, o resultado seria uma obra de grande beleza e sensualidade, com cores vibrantes e ricas, retratada com uma figura mais curvilínea e sensual e iluminação dramática e sensual.
A Mona Lisa de Rubens seria uma obra que combina a beleza e a sensualidade do Barroco com a elegância e a sofisticação da Renascença. Seria uma interpretação fascinante da obra-prima de Leonardo da Vinci, com uma ênfase maior na beleza física e na sensualidade.
Se a Mona Lisa fosse pintada por Paul Cézanne, o resultado seria uma obra fascinante e inovadora. A Mona Lisa poderia ter sido retratada com formas geométricas e texturas, com uma paleta de cores mais terrosa e natural. Poderia, ainda, ter sido retratada com uma ênfase maior na forma e na estrutura do corpo.
A Mona Lisa de Cézanne seria uma obra que combinaria a inovação do pós-impressionismo com a elegância da Renascença.
Se a Mona Lisa fosse pintada por Jean-Michel Basquiat, o resultado seria uma obra fascinante e única, de expressão crua e emocional. A Mona Lisa poderia ter sido retratada com pinceladas ousadas e cores vibrantes, adornada com símbolos e palavras que refletem a sua personalidade e significado, usando contrastes de cores, texturas e formas. A obra que combinaria a elegância renascentista com a energia e a expressão do graffiti e da arte contemporânea e ofereceria uma nova perspetiva sobre uma das obras de arte mais icónicas da história.
Cada aluno trouxe, também, a sua própria visão e estilo para a obra, resultando em uma Mona Lisa única e fascinante. Foi interessante ver como cada aluno (re)interpretou a “personagem” e a atmosfera da pintura.
O resultado final foi fascinante, pela descoberta, pelo caminho, pela variedade e também pela qualidade das propostas, fruto de um desafio assumido.
Claramente, uma outra forma de disseminar as obras dos grandes mestres e ensaiar o refazer/ressignificar fundamental em qualquer experiência humana e, sobretudo, artística.
E se...


Levy (artista de Cabo Verde) teria pintado a Mona Lisa de forma expressiva e espontânea e sugere uma obra que seria ao mesmo tempo contemporânea e sensual.

Picasso poderia ter criado uma versão cubista da Mona Lisa, com formas geométricas e múltiplos ângulos.

A Mona Lisa de “Rubens” sugere uma obra que seria ao mesmo tempo clássica e sensual.

Se Van Gogh pintasse a Mona Lisa, provavelmente teria um estilo mais expressionista, com pinceladas ousadas e cores vibrantes.



A ideia de Basquiat pintando a Mona Lisa sugere uma fusão interessante de estilos e épocas. Seria uma obra que desafiaria as convenções tradicionais e ofereceria uma nova perspetiva sobre uma das obras de arte mais icónicas da história.

A Mona Lisa de “Cézanne” seria uma oportunidade de ver como um dos maiores artistas do pós-impressionismo teria abordado o mesmo tema de maneira única e fascinante e ao mesmo tempo inovadora e clássica.

A Mona Lisa de “Michelangelo” sugere uma obra que seria ao mesmo tempo clássica e inovadora, uma oportunidade de ver como dois dos maiores artistas do Renascimento teriam abordado o mesmo tema.


AUTORIA: Maria Luísa Luís Duarte