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O Português em Festa – em intercâmbio com escolas de Portugal

O Português em Festa – em intercâmbio com escolas de Portugal

Vários foram os intercâmbios comemorativos da língua portuguesa, realizados com as turmas de 8.º ano da EPCV, no âmbito da disciplina de Português, lecionada pela professora Alexandra Faria, em resposta à proposta da Biblioteca Escolar, coordenada pela professora Alexandra Bernardo. Estes intercâmbios com escolas de Portugal foram realizados por videoconferência, para comemorar o Dia Mundial da Língua Portuguesa, a 5 de maio.

 

As comemorações começaram no dia 4 de maio, quando os alunos do 8.º A da EPCV realizaram o intercâmbio com a turma homónima da Escola Secundária Sebastião da Gama, Setúbal. Os alunos da EPCV começaram por fazer uma breve apresentação da turma, e, posteriormente, foram partilhados contos tradicionais de cada país por ambas as turmas. Foram também declamados poemas da autoria dos alunos de cá e outros selecionados. 

 

A turma 8.º C realizou um intercâmbio com o 7.º C do Agrupamento de Escolas Santos Simões, Guimarães, no próprio dia 5 de maio. Os alunos da EPCV começaram por fazer uma breve apresentação da turma, e, de seguida, foram também declamados poemas da autoria dos mesmos. Também no dia 5, a turma 8.º B da EPCV participou nesta atividade comemorativa da língua portuguesa com o 7.º A, do mesmo agrupamento lusitano.

 

Assim nasce uma língua…

 

O ponto alto do intercâmbio consistiu na

representação de uma peça sobre a origem

da língua portuguesa, criada e interpretada

por alunos do 8.º B, cujo texto se transcreve em seguida.

Há muito tempo, quando só existiam reis e rainhas, o Rei Afonso estava cansado, a bufar, e chamou as três bobas da corte.

Rei: Meninas! Estou cansado de ver todos os meus colegas a criar os seus próprios dialetos.

As 3 bobas: O que quer que façamos?

Rei: Preciso que falem com os aldeões. E só voltem quando tiverem algo.

E lá foram elas, à procura do nosso chamado português…

Primeiro chegaram à governanta, conhecida como a mais fofoqueira do castelo, e perguntaram:

As 3 bobas: Conhece algum dialeto sem ser o latim?

Governanta: Não era suposto dizer, mas ouvi a jardineira real a falar com a leiteira de uma coisa diferente, que nunca havia ouvido antes! Isso pode ajudar-vos a ajudar o Rei!

As 3 bobas: Como?!

Governanta: Sei tudo o que se passa entre estas paredes.

As três foram felizes e contentes falar com o Rei…

Boba 1: Vénia à Majestade! Acho que encontrámos algo.

Boba 2: Ouvimos dizer…

Boba 3: …que anda um dialeto a espalhar-se pela aldeia.

O Rei, chateado, respondeu:

Rei: Não quero boatos, quero algo a sério, mas é claro que vocês não conseguem, são só umas simples bobas da corte.

As meninas zangadas disseram que iriam conseguir e foram atrás da jardineira e da leiteira.

Jardineira: Olá, meninas!

Boba 1: Qual era o dialeto que estavam a falar?

Jardineira: Ah! Era o galego. Andam a falá-lo pela aldeia!

Leiteira: Sei que o Rei está à procura de um dialeto e acho que sei como ajudar, mas têm que ir falar com o Padre, a Irmã e o Agricultor que estará acompanhado do Pastor, em ordem contrária à que disse.

E lá foram as três bobas à procura de um dialeto que não sabiam se iriam encontrar ou não.

Enquanto isso o Rei invejava os outros reinos, no seu castelo.

Rei: Como é que eles conseguem ter um dialeto e eu não?! Se essas miúdas não trouxerem nada, ordeno que as decapitem!

Governanta: Eu sabia! Espero que elas consigam!

Voltando às meninas… elas foram ter com o agricultor e perguntaram-lhe sobre o galego:

Agricultor: Eu criei o galego com um pouco de latim e outras línguas que passam por aqui, foi assim que nasceu o galego.

Pastor: Sim, sim, inspirámo-nos muito no árabe e no grego, passam muitos muçulmanos por aqui! A Irmã veio até mim e espalhou-o pela aldeia.

Agricultor: Ela também andou a inventar umas coisas finas para escrever! Vão ter com ela, para saber melhor.

Boba 1: Obrigada! Vamos?!

Boba 2: Já íamos mesmo, mulher!

Mais uns quilómetros e chegaram ao convento. De seguida, foram falar com a Irmã.

As 3 bobas: Irmã, é verdade que a senhora anda a inventar coisas para o galego?

Irmã: Galego não! Galego-português, criei formas de o escrever, mas ninguém pode saber que uma mulher anda a escrever. Então, ensinei tudo ao Pastor. Assim, ele fez a gramática e a escrita. É mais fácil espalhar-se um idioma através de um homem! Fica mais credível. Falem com ele!

Boba 3: Cada volta. Ó meu Deus!

Boba 1: Está a ser bom. Vai!

Boba 2: Eu estou a gostar! Mas sem distrações, vamos!

Ali foram as três pelo caminho da igreja sem saber o que esperar! Ao chegarem, perguntaram:

Boba1: Senhor Padre, poderíamos ver o que a Irmã lhe ensinou?

Boba 2: Gostaríamos de levar as aprendizagens ao Rei.

Boba 3: Ele quer arranjar um dialeto para Portugal!

Padre: É claro que vos dou, só vos digo que a Irmã andou a inventar umas coisas muito finas para virar somente português, o que é difícil, por isso pode ficar um pouco difícil de entender. Tomem aqui os papéis e algumas anotações.

Boba 3: Muito obrigada, senhor, que Deus o abençoe! De certeza que o Rei vai gostar!

Boba 2: Isto tem muita essência do povo. Obrigada.

Boba 1: Que nervos, meninas!

Boba 3: Vamos!

Já no castelo, com as pernas doridas, as três entraram no salão principal e mostraram a ideia do povo ao Rei, sem saber se iriam sair de lá com cabeça, mas para a surpresa delas, ele adorou!

Rei: Nunca pensei que três bobas conseguiriam fazer algo tão bom! Irei postar algo para todos falarem isto!

E assim nasceu o nosso chamado Português, que, mais tarde, foi oficializado e usado em cortes e documentos oficiais tornando-se a nona língua mais falada mundialmente.

Um lembrete: esta história é parcialmente fictícia.

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